Após dois aviões, ônibus e até balsa, seleção alemã chega ao Sul da Bahia


Após desembarcar ainda de madrugada no aeroporto de Salvador após dez horas de viagem, a seleção alemã seguiu em voo fretado para Porto Seguro e, em seguida, encarou mais 30 quilômetros de ônibus e uma balsa até, enfim, chegar ao povoado de Santo André, no Sul da Bahia. É onde está localizado o luxuoso condomínio “Campo Bahia”, sede dos germânicos durante toda a Copa do Mundo. A maratona só chegou ao capítulo final por volta das 7h30 (de Brasília) deste domingo com um contato visual de poucos minutos com o povo brasileiro, que recebeu a delegação com gritos e até mesmo uma banda ao estilo Olodum.

Na balsa obrigatória para atravessar o Rio João de Tiba, os jogadores desceram do ônibus e acenaram para os cerca de 150 fãs, muitos deles no local desde as 6h, quando sequer estava totalmente claro. O trajeto de dez minutos despertou curiosidades nos atletas - o atacante Lukas Podolski, por exemplo, sacou o celular do bolso e registrou parte do percurso de bonito visual. Eles foram escoltados pela Marinha até o outro lado do rio, quando entraram em vans rumo à concentração.

Na terra firme estava Ícaro, de 30 anos. Uniformizado com a camisa rubro-negra de Schweinsteiger, o torcedor era um dos mais esperançosos em conseguir qualquer registro da seleção. Ele levou o filho João Pedro, de quatro anos, que passou boa parte do tempo erguendo bandeirinhas do Brasil e da Alemanha - duas mil de cada país foram distribuídas pela prefeitura para animar o ambiente.
Um outro grupo de adolescentes fez questão de acabar com o silêncio ao não economizar nas buzinadas - o som era parecido ao da vuvuzela, de ruído inesquecível aos ouvidos na Copa de 2010, na África do Sul. Alemães eram poucos, além dos jornalistas presentes. Mas havia um suíço animado e bebendo sua cerveja matinal:

- Na Europa já é meio-dia, então não tem problema - brincou.
O complexo, chamado Campo Bahia, foi construído com recursos da Federação Alemã de Futebol (DFB), que conta com o apoio financeiro de investidores - houve também reformas em estruturas preexistentes durante os cinco meses que duraram as obras.

Faltou Reus
Faltou um grande nome na chegada do grupo. O atacante Marco Reus, que sofreu uma ruptura parcial nos ligamentos do tornozelo esquerdo na vitória sobre a Armênia em amistoso, perderá o Mundial. O jogador do Borussia Dortmund era um dos titulares do setor e vinha em ótima forma física e técnica. Para o lugar dele foi chamado o zagueiro Shkodran Mustafi, do Sampdoria.
Apesar do corte de um de seus principais jogadores, os alemães chegam ao Brasil em clima bem descontraído. Durante o voo rumo ao país, Bastian Schweinsteiger postou uma foto ao lado de Roman Weidenfeller. Os dois aparecem sorridentes, bebendo e comendo na aeronave.

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