Copa pode ser 'tanto a pior como a melhor' da história, diz jornal britânico
O jornal britânico The Guardian é enfático: "Pronto ou não, é hora do Brasil se mostrar ao mundo". A Copa do Mundo no país apaixonado por futebol tem potencial para ser, ao mesmo tempo, a maior e a pior na história do esporte. A reportagem foi publicada na noite desta quarta-feira (11) para resumir os problemas que antecederam a preparação do Brasil para o Mundial. Relata o esquema de segurança, destaca que a presidente Dilma Rousseff não deverá fazer pronunciamento na cerimônia de abertura por causa do risco de ser vaiada.
"O maior, mais caro e possivelmente mais polêmico torneio da história do esporte vai começar no estádio Itaquerão com uma cerimônia cheia de estrelas e uma partida entre o país-sede e a Croácia. Mas nem tudo está bem na família do futebol", diz o texto (leia a reportagem original, em inglês).
"Este torneio tem o potencial para ser o maior e o pior na história do esporte. O Brasil é sem dúvida o país mais obcecado pelo futebol na Terra, com retrospecto de maior sucesso na história, e uma fama de ser uma capital mundial da festa. Mas este torneio tem um pesado significado político, visto que surge no meio de uma crise de confiança na maneira como tanto o Brasil quanto o futebol mundial são administrados... Nas ruas, manifestantes planejam entoar uma mensagem discordante sobre desigualdade, remoções forçadas e os gastos excessivos de US$ 11,5 bilhões".
Já a rede norte-americana CNN abre o dia da estreia do Brasil na Copa perguntando se a Copa do Mundo vai recuperara fé das pessoas no futebol, diante de tantos problemas dentro e, principalmente, fora de campo. "Depois de mais de seis décadas de espera para o torneio para voltar ao seu país de origem, o povo brasileiro é de outra forma comprometida. Considerando que o futebol ainda pode ser uma religião, a sua congregação brasileira têm lentamente viraram as costas para a sua divindade." (leia a reportagem original, em inglês).
'Mundial mais caro da história'
Na Espanha, o diário AS, especializado em futebol, mancheta "Começa hoje o Brasil 2014, o Mundial mais caro da história, com uma foto do Cristo Redentor e o estádio do Maracanã. "Os 11 milhões de euros gastos geraram muitas vozes contra. Ter 12 sedes em vez de oito disparou a inversão à Copa" (leia a reportagem original, em espanhol).
Já o El Mundo fez uma reportagem sobre uma invasão de mais de 500 sem-teto que ocuparam um hotel abandonado em São Paulo (leia a reportagem original, em espanhol).
Pesquisa feita em 37 países mostra que maioria vê Brasil de forma positiva
Na véspera da abertura da Copa do Mundo, o centro de pesquisa Pew Research divulgou o resultado de uma pesquisa sobre como a população de 37 países vê o Brasil. De acordo com os dados, dois terços dos países têm uma imagem positiva do país, sendo que a faixa etária dos jovens é a que mais simpatia tem com o Brasil.
A pesquisa do centro ouviu mais de 41 mil pessoas entre 17 de março e 23 de maio deste ano. Em média, 54% dos participantes das pessoas nos 37 países dizem ter uma opinião favorável sobre o Brasil.
O Chile é o país com a melhor impressão do Brasil, com 74% dos participantes afirmando que têm opinião favorável. Na Venezuela e no Peru, cerca de dois terços da população disseram o mesmo. Na Argentina, porém, a porcentagem de pessoas que veem o Brasil com bons olhos caiu de 75% para 56% entre 2013 e 2014. No México, essa queda foi de 58%, em 2012, para 41% em 2014.
Nos Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha, essa porcentagem foi de 51%, 66%, 51% e 49%, respectivamente.
Na Ásia, o país que melhor vê o Brasil é a Coreia do Sul (63%). No Japão, essa porcentagem foi de 61%.
Em outra pesquisa do Pew Research, 76% dos brasileiros ouvidos na enquete dizem que seu país deveria ser mais respeitado pelo mundo.
CNN mostra acampamento de sem-teto formado próximo à Arena Corinthians
O site do canal de televisão americano CNN publicou nesta quarta-feira (11) uma reportagem sobre os trabalhadores sem-teto que acamparam próximo à Arena Corinthians, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, como forma de pressionar o governo para conquistar uma casa própria. O estádio vai receber o jogo de estreia da Copa do Mundo nesta quinta-feira (12) (leia e assista a reportagem em vídeo, em inglês).
A repórter visitou o local e conversou com os moradores. Uma das entrevistadas é a manicure Jucilene de Oliveira que ajudava a preparar as refeições na cozinha comunitária do acampamento. Ela disse que morava de aluguel na Zona Leste de São Paulo, mas o valor quase dobrou quando o estádio estava sendo construído. “Pagamos R$ 700 no aluguel, então com comida e roupas, era muita coisa”, diz.
Jucilene, o marido e as quatro filhas agora acampam em uma pequena barraca com colchões empilhados, na esperança de persuadir o governo a construir habitação subsidiada nas terras ocupadas.
“Não queremos nada de graça, mas precisamos de algo que podemos pagar. Se podemos pagar R$ 700 por mês para alugar, podemos pagar isso em parcelas para uma casa”, afirma.
O Brasil visto pelo Mundo.
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