Vencedor do The Voice, Sam Alves vai voltar para o Brasil
O ano de 2013 marcou uma virada para Sam Alves. Foi o ano em que ele deixou de receber não, e passou a ouvir sim. Quando 2013 começou, Sam, 24 anos, morava nos Estados Unidos. Tinha se mudado para lá com a família adotiva aos quatro anos. Foi lá que em abril surgiu o que parecia ser a grande oportunidade da vida dele: um convite para participar do The Voice americano.
Na TV, ele contou sua história e emocionou o público ao revelar que havia sido abandonado pela mãe biológica.
Sam foi deixado ainda recém-nascido em uma caixa, na porta de uma casa, em Fortaleza. “De baixo de mim, tinha uma nota. E a nota dizia: nasceu dia 3 de junho de 1989, às 15 horas. Dizia que eu tinha tomado mingau no dia 5/6. Então eu fui deixado com dois dias aqui”, conta.
No palco do "The Voice" americano, Sam cantou uma música em inglês que dizia: "Este um novo dia, é uma nova vida, e estou me sentindo bem".
Sam não desistiu. Meses depois, ele se inscreveu na versão brasileira da competição. Subiu ao palco de novo, com o risco de ser rejeitado novamente. Desta vez, todos os 4 jurados quiseram Sam Alves.
As versões das músicas apresentadas por ele no programa logo ficaram entre as mais baixadas da internet.
A grande final do programa foi nesta quinta-feira (26). Com 43% dos votos do público, Sam foi escolhido a voz do Brasil. Nos bastidores, os pais adotivos, os primeiros na vida a virarem a cadeira para Sam, estavam emocionados.
“Samuel é uma pessoa simples, e Deus exalta os humildes. É essa situação que esta acontecendo na vida do Samuel”, conta o pai, Luiz Alves.
“A minha família é uma família de músicos. Então eu disse pra ele, por ele ser um filho adotivo, ‘filho, incrível como você recebeu isso de mim também. A continuação da música no seu sangue’”, conta Raquel Souza, mãe de Sam.
Para a técnica, a cantora Claudia Leitte, esse é só o começo.
“A gente vai fazer um disco lindo pra Sam. Ele tem um futuro brilhante”, afirma Claudia Leitte, cantora.
No dia seguinte à vitória, Sam voltou à cidade natal. Festejado por onde passou, querido por todos.
Sam foi recebido pela família com uma grande homenagem. E nem na família escapou do assédio. Fotos, autógrafos. E música para celebrar a nova fase.
“Devido ao Sam ter ido pequeno ir pros EUA, ele foi com 4 anos, a gente perdeu a aproximação. E o The Voice ligou”, conta a prima Raquel Jucá.
Com a consagração e a promessa de tantas oportunidades, o momento agora é de olhar para o futuro.
A nova voz do Brasil não vai mais sair do país. A carreira de Sam está aqui. No réveillon, ele vai se apresentar no palco montado para o show na Avenida Paulista. E só volta para os Estados Unidos para trazer a mudança. “É isso mesmo. Pegar as malas e vir para o Brasil mesmo. minha vida tem sido meio difícil mesmo. Mas foi tudo algo pra me preparar pra esse momento, aquela porta que vai abrir e valorizar mais ainda”, conta Sam.
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