Entrevista com o ator global Paulo Betti, em belém.

FOTO(Mauro Kury/Divulgação)

O ator global Paulo Betti, esteve em belém no último fim de semana, com o seu espetáculo Autobiografia Autorizada, que fala da sua infância, adolescência. O ator, se apresentou nos dias 17, 18 e 19, no Teatro da Paz, com o teatro lotado de admiradores e fãs do artista.

O Blog do Marcos, bateu um bate-papo logo após o encerramento o espetáculo no último domingo (19), no seu camarim. Uma entrevista super divertida e cheia de risadas.

Leia á entrevista com o ator Paulo Betti:

-Paulo, já são 40 anos no teatro e televisão. Quais os aprendizados que um artista leva para a sua vida pessoal?

R-  estamos sempre simulando situações da vida em nossos trabalhos, representando, analisando, portanto aprendendo com a arte e tentando levar essa experiência para nossas vidas, nem sempre conseguimos.


2- Você já interpretou vários personagens, tem um personagem que você demorou para se desfazer dele, qual?

R - o blogueiro gay Theo Pereira encarnou e custou a sair, de vez em quando ele volta, pois quando falo bordões as pessoas riem, e como gosto muito de agradar as  pessoas tenho que me policiar para não ficar fazendo o personagem.


3- Quais foram os primeiros  passos iniciais para você escrever  esse espetáculo?

R- as anotações que escrevi durante toda vida num cadernão. Coisas que ouvi de meus irmãos, lembranças de meus pais. Quando decidi escrever percebi que já havia escrito.

4-  É mais fácil ter uma biografia de você escrita por outra pessoa ou por você mesmo?

 R- as duas circunstancias são difíceis. No caso de alguém escrever sua biografia pode lhe causar muito sofrimento revelando o que vc  não deseja, por exemplo a biografia que escreveram sobre Roberto Carlos. No meu caso o sofrimento que senti foi causado pela dor de remexer a historia de meus antepassados. A noção da passagem do tempo e do envelhecimento.

5- Você foi crítico com você mesmo ao criar esse espetáculo, quais aspectos você levou em consideração?

R - minha autobiografia é complacente comigo, não falo mal de mim mesmo, deixo isso pros meus inimigos. Meu filho , um menino, disse que eu escrevi pra mostrar que apesar da vida difícil consegui vencer na vida, talvez seja isso.
As circunstancias de minha vida, como o fato de minha mae ter tido 15 filhos, de eu ser o ultimo e ter nascido quando ela tinha 45 anos, são evidentemente extraordinários, isso contou pra que eu considerasse valer a pena fazer a peça.
Me perguntei muitas vezes se era uma viagem ególatra, ou se valia a pena. Achei que sim. E a reação do publico me mostra que fiz bem em trazer minha historia pro palco, que ela é, um pouco, a historia de um Brasil profundo.

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